Why did USA help the communists in WW2?

After the Communist had taken China Japan knew that they as islanders would have to choose between dying from communism or from starvation.

They choose neither and instead bravely invaded China. That was a heroic move and of course, the winners of the war, the Jewish communists have made everyone think that the Japanese were monsters.

Imagine the world if China would have been a Japanese colony all these years.

Well we know why but still.

Unknown parent

pleroma - Link to source

Caleb James DeLisle

My hypothesis is that USA "serves Jews" because Jews serve the actual US elite - who themselves rule from anonymity.

This is supported by the fact that of the founding members of the Federal Reserve, only one was a Jew.

Also in antiquity, royalty had a history of using Jews to do their dirty work, then they would feign astonishment when the plebs revolted and drove the Jews into exile.

O processo não-binário


Um texto tentando desenrolar o motivo pelo qual é tão comum pessoas não-binárias não saberem logo de cara quais as suas identidades específicas.

Aviso de conteúdo: Exemplos contém retórica cissexista e discriminação contra certas identidades cisdissidentes específicas, pessoas que quebram normas de gênero e pessoas cujas identidades cis/heterodissidentes são afetadas por questões externas.

Links para termos e conceitos relativamente incomuns são providenciados. Porém, para quem procura algum texto mais básico sobre cisdissidência, sugiro ler Vocabulário usado em círculos NHINCQ+ inclusivos, FAQ Trans e/ou a seção Perguntas Frequentes no site Múltiplas Identidades.


A binaridade


O exemplo de jornada trans mais normalizado num mundo cissexista é o seguinte: uma pessoa é vista como "nascida no corpo errado", mostrando desde seus primeiros momentos de vida preferências típicas de crianças que foram impostas o outro gênero binário, desde roupas a brinquedos e grupos sociais. Durante e após a puberdade, a pessoa começa a ter sua saúde mental prejudicada por seu corpo estar mudando para o "oposto" do que ela queria, em questão de voz, altura, curvas, peito e afins. Então, quando a pessoa tem poder de decisão (ou como adulta, ou como adolescente com responsáveis aliades), ela vai atrás de hormônios (ou bloqueadores de puberdade, em caso de menores de 16) e cirurgias para finalmente ter "o corpo certo" que externaliza o que a pessoa sempre considerou uma certeza para si mesma.

Obviamente, o "modelo" acima não se aplica a quaisquer pessoas que não se encaixam nos gêneros que lhes foram impostos ao nascer. É uma história que foi e é muito usada em consultórios que querem restringir modificações corporais que afirmam identidades cisdissidentes, mas nem toda pessoa trans passou por disforia corporal, vai atrás de parecer cis, sempre soube qual era a sua verdadeira identidade de gênero, tem preferências por roupas/hobbies/etc. compatíveis com estereótipos associados com seus gêneros ou assim por diante.

Uma vantagem das pessoas binárias — isto é, das pessoas que se identificam somente, completamente e sempre como homens ou como mulheres, independentemente de suas modalidades de gênero, sendo quaisquer ataques contra suas identidades de gênero uma questão de não se encaixarem em padrões opressivos e não a das identidades de gênero em si serem tratadas como enganos, inexistentes ou indignas de consideração — é que, em uma sociedade exorsexista, já é normalizada a ideia de que existem mulheres e de que existem homens. Existem arquétipos com os quais cada pessoa pode se identificar por todo lado: personagens, colegas, pessoas na família, personalidades sobre quem saem notícias.

Isso não significa, necessariamente, que é fácil para homens e mulheres trans ou últer descobrirem suas próprias identidades de gênero. Como falei, aquela história lá do início é só um estereótipo. Várias pessoas passam por períodos de rejeição da própria identidade de gênero por conta de não querer ser cisdissidentes, não querer ser associadas com os piores aspectos atrelados aos seus gêneros ou não conseguir se ver como suficientemente atreladas aos arquétipos de mulher ou homem.

Porém, por bem ou por mal e independentemente de representações limitadas, os referenciais "mulher" e "homem" estão por aí, e, para muitas pessoas, essas são as únicas identidades de gênero com as quais têm contato. Mesmo quem conhece pessoas fora dessa binaridade podem não ter referências suficientes de alguma outra identidade de gênero específica para internalizar algum outro arquétipo relacionado com identidade de gênero.

É relevante ressaltar que o termo não-binárie é uma tradução do termo nonbinary, o qual foi cunhado por volta de 2010. Também nunca achei discussões na língua portuguesa sobre termos como neutrois e bigênero, termos mais antigos, em contextos anteriores à introdução do conceito de não-binaridade. Existem termos que podem ser usados para denotar não-binaridade que já estavam em uso, como bicha, sapatão e travesti, mas estes termos nem sempre indicam uma vivência fora do binário mulher/homem, e muitas vezes não são interpretados como tal, especialmente por pessoas de fora dessas comunidades. Ou seja, o período de tempo que muitas pessoas tiveram para se acostumar com a ideia se pessoas que não reinvindicam nem só a mulheridade e nem só a hombridade também é menor, em comparação com o quanto de informações são reproduzidas e internalizadas acerca dos gêneros mulher e homem.

O processo de questionamento não-binário


Como alguém pode se entender como não-binárie, então, presumindo apenas esses referenciais binários?

O primeiro sinal é a falta de identificação tanto apenas com a ideia de ser 100% mulher quanto com a ideia de ser 100% homem. A reflexão sobre não ser simplesmente uma questão de normas de gênero ou estereótipos, e sim de não achar que faz sentido se reinvindicar como mulher ou homem de qualquer tipo, ou de se ver tanto quanto mulher quanto como homem, ou de se ver mais ou menos como mulher e/ou homem mas de forma que não é completamente correspondente com a binaridade.

O problema é o que vem depois disso.

Existem pessoas para as quais só se ver como não-binárias é suficiente, mas esta não é uma experiência universal. Existem pessoas que querem ao menos ter alguma certeza mais profunda do que isso antes de reinvindicar o termo, assim como pessoas que querem se definir de formas precisas. Mas, novamente, dificilmente pessoas não-binárias se encontram em contextos sociais onde possuem referenciais sólidos para além disso.

Por exemplo, é possível considerar os termos femigênero, nonera e dulcigênero: o primeiro descreve um gênero não-binário feminino, o segundo descreve um gênero não-binário feminino que definitivamente não tem a ver com ser mulher e o terceiro descreve um gênero relacionado a estereótipos femininos. Além disso, muitas pessoas não refletem acerca da possibilidade de uma sensação de gênero feminina ser diferente da sensação de um gênero relacionado a ser mulher, a qual adicionaria possibilidades como juxera, demimulher e mulher não-binárie.

Por mais que hajam pessoas que se colocariam em vários destes termos, também existem pessoas que preferem usar menos termos, ou que querem identificar a própria identidade com maior precisão. Como é que estas pessoas poderiam identificar as próprias experiências de gênero com mais precisão?

Há pessoas que vão, desde o início de suas jornadas, ser capazes de diferenciar tais termos com precisão. Há outras que vão preferir um termo mais vago antes de ter certeza. Mas há muitas outras que vão precisar passar por um processo de experimentação, onde a reinvindicação de determinados termos ajudará a decidir se tais termos são precisos para se descrever ou não.

No exemplo dado, uma pessoa com um gênero feminino pode primeiro se ver como demimulher (um termo mais comum de ser encontrado entre os outros citados), perceber que não está confortável com colocar seu gênero como "parcialmente mulher", passar a se dizer juxera, perceber que juxeras não experienciam necessariamente feminilidade e sim adjacência ao gênero mulher, passar a se definir como nonera, eventualmente ficar desconfortável com a ideia de seu gênero ser feminino e então pesquisar mais, eventualmente chegando na conclusão sobre ser xenogênero e sentir mais conexão com ideias relacionadas com feminilidade do que com termos como feminine ou mulher, passando então a se ver como estetigênero e, mais especificamente, dulcigênero.

Uma jornada assim não indica, necessariamente, uma mudança na identidade de gênero da pessoa, e nem uma falta de conhecimento sobre onde achar outros termos que poderiam contemplar melhor sua experiência. A questão é que, para alguém que só viveu entre pessoas que só eram homens ou que só erem mulheres, pode ser difícil avaliar a "distância" entre a própria experiência não-binária e tais gêneros sem tentar se identificar ativamente com uma variedade de termos.

Narrativas exorsexistas a respeito do questionamento


Infelizmente, ainda vivemos num mundo onde muitas identidades marginalizadas só são validadas a partir de certas pessoas "nascerem assim". Esta justificativa ainda é muito usada mesmo em espaços cis/heterodissidentes, muitas vezes ignorando as questões sociais (e impostas pelo colonialismo) que cercam gênero para poder justificar que simplesmente nasceram com atração por certo(s) gênero(s) ou sem atração por ninguém, e/ou que nasceram com certa identidade de gênero. Tal retórica é tão comum e insidiosa que pessoas que a defendem tendem até a atacar identidades dependentes de circunstâncias não congênitas (como trauma ou neurodivergências derivadas de trauma) como se essas fossem ataques às suas "identidades legítimas", colocando as experiências alheias como inválidas por suposições de que são "curáveis" ou temporárias mesmo que não sejam e mesmo que forem ainda seriam experiências reais nas vidas de tais pessoas.

Obviamente, tal mentalidade é tóxica independente das circunstâncias. Porém, quando se trata de pessoas não-binárias, há o problema mencionado da falta de referenciais dificultando o autoentendimento de cada ume.

Já presenciei várias pessoas culpando listas extensivas de identidades de gênero por suas próprias inabilidades de definir que termos se aplicam melhor a si. Tais pessoas passam meses ou anos se vendo como poligênero ou gênero-fluido e indo atrás de identificar seus vários gêneros, ou adotando alguma identidade não-binária mais específica como um neurogênero ou xenogênero, só para depois concluírem que estão erradas, que "esses gêneros nem existem", e passarem a se ver como mulheres, homens, pessoas agênero, demi-homens, demi-mulheres ou outra identidade mais reconhecida e aceita em uma variedade maior de espaços.

É possível que essas pessoas tenham desistido de chegar a conclusões mais precisas sobre suas próprias identidades de gênero por perceberem que não há necessariamente muitos benefícios em comunicar a própria identidade de gênero de forma precisa. É possível que tais pessoas tenham sido alvos de discursos de ódio tão pesados que preferiram se dobrar, ao menos em parte, a expectativas mais restritas acerca de suas identidades de gênero. É possível que essas pessoas não tenham entendido bem o que significa ter um gênero e estavam adotando termos para identidades de gênero por conta de outros gostos ou interesses.

É possível que alguém se encaixe em mais de uma das possibilidades citadas e/ou no ponto principal deste texto, que se trata de ter que passar por experimentações mais práticas acerca de uma identidade de gênero até descobrir algo que contempla alguém melhor. A questão é que a culpa não deveria ser colocada na variedade de possibilidades dispostas, e sim em contextos sociais que punem pessoas por suas cisdissidências e por mudar de ideia sobre suas identidades de gênero.

Faces diferentes do cissexismo punem cada transgressão: há a transgressão por considerar que gêneros nem sempre são correspondentes aos impostos ao nascer; a transgressão por se ver como alguém de uma identidade de gênero diferente da imposta; a transgressão específica a cada identidade de gênero que a pessoa tem (seja minimizar a experiência de uma pessoa gênero-fluido por não ter uma identidade fixa, de uma pessoa xenogênero por não ter gênero baseado em alguma corporalidade, de uma pessoa transfeminina por seu corpo não se adequar a estereótipos cis, e assim por diante); a transgressão por "mudar de ideia", por não ter uma ideia precisa e consistente desde o primeiro momento da vida; entre outras possibilidades. Nem todas essas transgressões são punidas com a mesma frequência e das mesmas formas, mas quero enfatizar que não é incomum ver pessoas caírem na lógica de que estão "traindo" uma comunidade ao passar a se ver como parte de outra, ou de que suas jornadas pessoais são universais e portanto toda pessoa deveria evitar se dizer de certas identidades pelas quais essas pessoas passaram.

O que quero pedir aqui é compaixão: tanto em relação aos próprios processos de descoberta quanto aos processos de descoberta alheios. Afinal, ninguém nasce sabendo, e, quando se trata de identidades cisdissidentes, muita gente passa a vida inteira sem ter noção de como elas funcionam também.


É possível acompanhar todas as minhas publicações por meio de inscrição no Apoia-se.


Exorsexismo


Há alguns anos, eu criei este tópico para falar de exorsexismo, que na época era um conceito mais novo do que é hoje. Ainda considero um recurso bem completo, mas acho legal ter mais lugares falando de conceitos como este.

Exorsexismo é a opressão e discriminação contra pessoas que não são somente, completamente e sempre homens ou somente, completamente, e sempre mulheres. Ou seja, exorsexismo afeta:

  • Pessoas que não são nem homens e nem mulheres, seja por não ter gênero, seja por ter um ou mais gêneros diferentes destes;
  • Pessoas que são bigênero homem/mulher (ou ambigênero, ou gênero-fluido, ou similar que tenham estes gêneros);
  • Pessoas que são parcialmente homens ou mulheres, como homens-vagues, mulheres-cinza, demimeninos, quivermeninas, etc.;
  • Homens e mulheres não-bináries, agênero, sem gênero, etc.;
  • Pessoas transfemininas e transmasculinas não-binárias, ou que não se reinvindicam como mulheres e homens bináries;
  • Pessoas de gêneros indefinidos (como pessoas pomogênero);
  • Pessoas que consideram que certo fator externo é parte do seu gênero e que por isso seu gênero não é binário (isso inclui várias pessoas neurogênero, intergênero, gênero-orientação, egogênero, etc.);
  • Pessoas cujas identidades de gênero são ou eram aceitas dentro de sua sociedade, mas que diferem de homem e de mulher e que portanto são apagadas, demonizadas e afins em sociedades brancas eurocêntricas cristãs;
  • Travestis que não se consideram 100% homens ou 100% mulheres;
  • Qualquer outra pessoa que poderia se denominar não-binária caso quisesse.

Talvez também afete pessoas de sociedades aonde existem concepções diferentes de homem e de mulher em relação à sociedade branca eurocêntrica cristã, mas não sei sobre o assunto o suficiente para opinar, e só li um único texto sobre o assunto que também não trazia uma conclusão.

Enfim, tudo isso pode ser óbvio quando se diz que exorsexismo é a opressão contra pessoas não-binárias, mas existem grupos afetados por exorsexismo que não se consideram não-binários, assim como existem pessoas que não têm certeza se contam como não-binárias ou como afetadas por exorsexismo por serem homens e mulheres, ou parcialmente/quase homens, ou parcialmente/quase mulheres. Mas a sociedade exorsexista não inclui pessoas que às vezes são homens e às vezes são mulheres, ou que possuem algum gênero parecido com o binário mas que não é binário.

Exemplos de exorsexismo


Algumas pessoas acreditam que exorsexismo pode ser resumido como "apagamento não-binário". Além do problema de categorizar pessoas que não querem ser chamadas de não-binárias como não-binárias, exorsexismo vai além de apagamento.

Sim, um exemplo de exorsexismo é o apagamento. É o uso de "homens e mulheres" como se isso estivesse incluindo todo mundo. É a ausência de personagens não-bináries na ficção. É a insistência da mídia de só fazer algum único artigo quando alguma celebridade se abre como não-binária, e nunca mais mencionar o fato ou repensar o uso da linguagem usada para se referir a essa pessoa.

Mas também existem outros fatores.

Quando as possibilidades de gênero são alguma variação de "homem ou mulher", de "homem, mulher ou prefiro não dizer" ou de "homem, mulher e outro", isso não dá espaço para pessoas se afirmarem como suas próprias identidades de gênero se elas não são binárias.

Quando alguém é gênero-fluido mas não consegue a possibilidade de mudar seu gênero e/ou nome de tempos em tempos em registros de todos os tipos (ou de colocar que é gênero-fluido), isso é um limite que afeta pessoas gênero-fluido que não afeta outras pessoas.

Quando alguém diz que "só existe homem e mulher, o resto é transtorno mental", é um ataque a pessoas que não são homens ou mulheres, além de ser um ataque capacitista porque usa a existência de transtornos mentais como algo ruim que invalida experiências pessoais.

Quando só existem banheiros para homens e mulheres, pessoas que não são de um desses gêneros não estão sendo contempladas. Quando dizem que outras pessoas podem usar qualquer um desses banheiros, isso não considera o quanto de medo alguém pode ter de assustar mulheres ou de apanhar de homens, assim como não considera a disforia que alguém pode ter em entrar em um banheiro de uma identidade de gênero diferente da sua.

Quando símbolos para coisas que são para todas as pessoas são uma combinação de símbolos de homens e de mulheres, talvez isso seja apagamento, mas talvez seja uma exclusão proposital mesmo.

Quando há tantas coisas na sociedade que possuem medidas separadas para homens e para mulheres, isso também é algo que prejudica a aceitação e inclusão de pessoas que não são homens ou mulheres.

Quando pessoas que possuem identidades de gênero parecidas com mulher ou com homem precisam se reduzir a um gênero binário porque pessoas em volta não entendem/aceitam algo mais complexo, isso também é exorsexismo.

Quando pessoas só conseguem colocar em palavras como é seu gênero comparando com uma metáfora, porque ele não pode ser simplesmente descrito como homem, mulher, masculino, feminino, neutro, entre essas coisas ou como algo separado disso, é comum que pessoas binárias (e até pessoas não-binárias que querem se mostrar "superiores" a isso) façam chacota, espalhem capturas de tela de pessoas explicando esses gêneros para ridicularizá-los e afins.

Quando acham muito bonito quando alguém descreve seu gênero com uma metáfora poética, mas ridicularizam ou rejeitam quem usa algum termo específico para resumir tal metáfora, isso é prejudicar a expressão de pessoas cujas identidades de gênero não são binárias.

Quando reduzem não-binaridade a uma questão de expressão de gênero, de não entender que ninguém é completamente um estereótipo de homem ou de mulher, ou a uma questão de "querer ser diferente" ou de "estar na moda", isso também é exorsexismo.

Quando a língua possui dois "gêneros gramaticais" e um deles é associado com homens e outro com mulheres, isso é exorsexismo estrutural. Quando as pessoas que concordam que deveria existir um "gênero gramatical neutro" dizem que só pode existir um, e que ele é tanto para pessoas não-binárias quanto para grupos com pessoas que usam conjuntos de linguagem diferentes quanto para quando não se sabe o conjunto de linguagem de alguém, isso é exorsexista; pessoas não-binárias precisam abrir mão de ter conjuntos de linguagem que as representem separadamente mesmo que não queiram usar algo neutro ou associado com gêneros binários, enquanto pessoas binárias podem ter os seus separados e normalizados.

Exorsexismo faz parte do cissexismo (opressão/discriminação contra pessoas que não são cis), mas existem questões que afetam pessoas não-binárias e que não afetam pessoas trans/ipso/ulter/etc. binárias, ou afetam mas em menor quantidade. (Caso você não tenha entendido vários dos termos deste parágrafo e queira entender, clique aqui.)

Mas e as pessoas trans binárias?


Algumas pessoas acham que se pessoas que não são binárias possuem um termo para sua opressão, isso é dizer que pessoas trans binárias sejam praticamente iguais a pessoas cis, no sentido de ter privilégio binário.

Pessoas trans (e outras pessoas cisdissidentes) binárias realmente não são atingidas diretamente por muitas das agressões e por muitos dos apagamentos que pessoas que não são binárias sofrem.

Porém, pessoas trans (e outras pessoas cisdissidentes) binárias também passam por um problema específico delas dentro do cissexismo, que é uma exigência exagerada para que se encaixem nas normas do seu gênero para provarem que são realmente dele.

Pessoas que se reinvindicam não-binárias são invalidadas; dizem que isso não existe, que ou você é mulher ou homem. Mas pessoas cisdissidentes que se reinvindicam como binárias também são questionadas; afinal, se são "homens de verdade" ou "mulheres de verdade", por que fazem isso, passam por aquilo ou possuem certos aspectos corporais? Se um homem ipso mostra aspectos corporais ou comportamentais considerados femininos numa sociedade eurocêntrica, é "meio mulher" ou "mulherzinha", mas se uma pessoa com as mesmas características se reinvindicar como mulher trans ou ulter "ainda é homem".

Dentro da não-binaridade, a maioria das identidades não possui papéis ou estereótipos de gênero fixos. Se alguém é mulher não-binárie, a obrigação de "ser mais mulher" pode não ter tanto peso, porque a pessoa não é exatamente uma mulher binária.

Existem até pessoas que são não-binárias porque não conseguem se ver como pessoas trans binárias pela questão de serem trans. Isso não é necessariamente insegurança ou cissexismo internalizado; é apenas a experiência dessas pessoas de alienação da ideia de serem de um gênero binário com o qual não foram designadas.

Também é possível falar de exortransmisoginia; assim como transmisoginia é misoginia e transmisia experienciadas por mulheres trans e pessoas de identidades/experiências similares, exortransmisoginia é o exorsexismo e a transmisoginia experienciades por mulheres trans não-bináries e pessoas de identidades/experiências similares.

Mas e mulheres e discussões sobre opressão de gênero?


Acredito que pessoas que não sejam binárias sejam marginalizadas tanto pelas suas identidades não serem aceitas na cultura dominante, quanto por terem sido designadas gêneros diferentes dentro dessa cultura dominante.

Ou seja, sim, pessoas que não são somente, completamente e sempre homens também sofrem com o que se chama de sexismo, ainda que não sejam somente, completamente e sempre mulheres.

Não acho que o termo misoginia seja obsoleto ou problemático, visto que existe discriminação e opressão direcionada a mulheres. Mas, quando se fala de homens tendo privilégio, acho errado agir como se mulheres fossem as únicas pessoas afetadas. Algumas coisas poderiam ser chamadas de patriarcais ou parte do privilégio de homens, ao invés de apenas misóginas ou parte da opressão contra mulheres.

(Também não gosto muito de usar termos como "privilégio masculino" ou "opressão feminina", visto que pessoas de qualquer identidade de gênero podem ser masculinas ou femininas, mas consigo entender que dentro do contexto tal termo se refere aos privilégios de homens e opressões contra mulheres.)

Também existe exormisoginia, ou seja, a misoginia e o exorsexismo que afetam mulheres não-bináries e outras pessoas de identidades ou experiências similares. Um exemplo disso é colocar mulheres não-bináries como "meninas confusas" que só "acham que são não-binárias" (exorsexismo) porque "são fúteis e querem entrar na modinha"/"não possuem capacidade de entender o que é gênero" (misoginia).

De onde veio este termo? Tem algum outro termo?


O termo exorsexismo veio da operação XOR em programação, que retorna "verdadeiro" se um valor é uma coisa e não outra entre dois valores, e "falso" se preencher os dois valores, nenhum valor ou um valor diferente dos especificados. Ele foi mudado de exorismo porque poderia confundir pessoas disléxicas por parecer demais com exorcismo.

Foi cunhado em 2016 por Vergess no Tumblr. Postagens originais podem ser vistas aqui e aqui. Exorsexismo foi a palavra que acabou "pegando" mais, entre estas.

Uma alternativa que também não recebeu críticas, que acredito não ter sido usada por ninguém, é polarsexismo, que também remete à ideia de dois pontos diferentes acima do resto.

Algumas pessoas não gostam de usar exorsexismo porque o significado da palavra não é intuitivo, mas a maioria das pessoas não sabe da maioria das composições de qualquer palavra; é só uma questão de ensinar. A maioria também não sabe de onde vem perissexo, cisgênero, ou ornitorrinco, e não é uma exigência saber algo de programação para entender o que é exorsexismo assim como não é exigência saber grego ou latim para entender essas palavras.

Muitas pessoas gostam de usar binarismo. Embora a situação tenha mudado - hoje em dia, resultados de buscas por binarismo indicam binarismo de gênero e não coisas sobre computadores - ainda acho importante ter um termo próprio para indicar esta opressão que atinge identidades de gênero diferentes de 100% homem e de 100% mulher.

Afinal, o termo, inclusive como "binarismo de gênero", também é usado para falar de binarismo sexual (diadismo, opressão/discriminação contra pessoas intersexo), etnobinarismo (a intersecção entre exorsexismo e racismo, mais especificamente em contextos culturais com gêneros diferentes de homem e de mulher que sofreram e sofrem grande repressão por conta do colonialismo), binarismo de gêneros gramaticais (ou seja, línguas divididas entre equivalentes de a/ela/a e o/ele/o sem deixar forma neutra ou possibilidades abertas), binarismo de papéis de gênero (que pode ser algo criticando estereótipos de gênero ou falando de pessoas - inclusive binárias - que não seguem normas de gênero), e afins. Para não confundir ninguém, acho que um termo à parte é importante.

Algumas pessoas usam enebemisia ou similar, sendo "enebê" uma pronúncia de NB, sigla que significa não-binárie. Porém, ainda que seja comum ver "enby" na língua inglesa, eu praticamente nunca vejo gente usando enebê ou similar, fazendo com que o termo precise de explicação, assim como exorsexismo. Exorsexismo também é um termo mais inclusivo, por haverem pessoas fora do binário homem/mulher que não se identificam como não-binárias.

Tipos mais específicos de exorsexismo


Observação: Exorsexismo por si só é um assunto pouco falado, então essas coisas possuem menos material ainda...

Monogenerismo: A ideia de que ter um gênero (e um gênero apenas) é a norma. A ideia de que alguém "não pode só não ter gênero" é monogenerista; a falta de medidas que possibilitam ou facilitam alguém de indicar que é de gêneros diferentes (e que pode usar nomes/conjuntos de linguagem diferentes) em períodos diferentes é monogenerista.

Reducionismo de gênero: A ideia de que mesmo quem não é homem ou mulher binárie pode ser categorizade como "basicamente homem" ou "basicamente mulher". Geralmente isso é feito para que certas pessoas possam ser colocadas como "homens opressores" por terem expressão de gênero masculina e/ou por terem sido designadas homens ao nascimento, ou para invalidar orientações caracterizadas por atração de ou por pessoas não-binárias, afinal se todo mundo é "meio homem" ou "meio mulher", todo mundo que tem atração deveria poder se dizer hétero, gay, lésbica ou bi (no sentido de terem atração pelas "duas categorias").

Desgenerização: Isso é algo que não afeta só pessoas não-binárias, e sim diversos grupos marginalizados (incluindo pessoas cisdissidentes binárias). Mas existe desgenerização contra pessoas que não são binárias, que é quando reduzem qualquer uma dessas identidades de gênero a "não ter gênero" ou a "não definir gênero" apenas porque não são identidades binárias.

Também existem discussões sobre a possibilidade de surgimento de um termo relacionado à discriminação contra pessoas xenogênero.

De qualquer forma, é sempre possível falar separadamente de discriminação contra pessoas sem gênero, contra pessoas poligênero, contra pessoas gênero-fluido, contra pessoas neurogênero, contra a ideia de que identidades de gênero podem ser algo além de masculinas, femininas ou neutras, etc.

E, como já mencionado, é possível falar de intersecções entre exorsexismo e alguma outra coisa. Exormisoginia e etnobinarismo são termos já utilizados, mas também dá para formar e usar termos como exorcapacitismo, exordiadismo e afins.

Considerações finais


Exorsexismo é um negócio sério. Não temos estatísticas próprias por conta de nossas identidades não serem levadas a sério. Não temos grande visibilidade dentro de comunidades LGBTQIAPN+ (ou mesmo trans), e assim mesmo espaços que deveriam nos acolher nos excluem e agridem.

Mesmo dentro de comunidades não-binárias (que são poucas e pequenas), não é incomum ver pessoas que querem se assimilar às normas, ou que não são bem informadas quanto a questões de justiça social, então pessoas não-binárias racializadas, neurodivergentes, intersexo, que não querem ter que escolher entre linguagem "masculina, feminina ou neutra", que não querem ter que lidar com ódio à neolinguagem, que não querem ver ódio contra identidades não-binárias mais específicas, e afins, acabam não tendo espaços que sejam seguros para si.

Por favor, que mais pessoas ajudem a normalizar a terminologia que comunidades não-binárias inclusivas usam. Que mais pessoas incluam pessoas não-binárias quando se referem a grupos de pessoas que podem conter tais pessoas, e que mais pessoas evitem maldenominar pessoas que podem ser não-binárias e não usar um conjunto de linguagem "óbvio".

Leituras para quem quiser aprender mais



Listened to this awesome show from the proms at the weekend: Angeline Morrison (featuring Eliza Carthy who also produced the album) - folk songs of the Black British experience bbc.co.uk/sounds/play/m002g1gk…

Gamespot just posted:

Euro Truck Simulator 2 And American Truck Simulator Finally Coming To PS5 And Xbox

Euro Truck Simulator 2 has been only available on PC and Mac since its release in 2013, while American Truck Simulator has been parked on the same platforms since 2016. Euro Truck Simulator 2 has remained popular on Steam in that time despite its age. Now, both games are heading to to PS5 and Xbox Series X|S.PlayStation Network has listed pages ...

gamespot.com/articles/euro-tru…

#gamingNews

US envoy Barrack meets Lebanon’s Aoun, highlights next steps english.almayadeen.net/news/po…

"while an individual in a modern society can hold a job, pay their bills and generally live ‘on their own,’ effectively no peasant farmer can run their farm alone."
acoup.blog/2025/07/11/collecti…

The United Methodist Church (UMC) will divest from Israel bonds and from other governments maintaining illegal military occupations, making it the first church in the world to make such a pledge.

mondoweiss.net/2025/08/united-…

#Palestine #Israel #Gaza
@palestine @israel

reshared this

in reply to George E. 🇺🇸♥🇺🇦🇵🇸🏳️‍🌈🏳️‍⚧️

@gme @Captain_Jack_Sparrow

My pod freefree.ps does not censor posts, but the problem is that my posts don't get shared on .social and mas.to (it seems it has completely blocked me).

I am not here to gain popularity, I just want to share the news about the ongoing genocide.

I am not able to do much due to my health issues, so social media is my only way of protesting.

DSOGaming just posted:

Take a look at Phantom Blade Zero with Ray Tracing & DLSS 4

NVIDIA has released a new video, showcasing Phantom Blade Zero running on PC. In this video, the green team showcases the new Ray Tracing effects that the game will support on PC. So, let’s take a closer look at them. As NVIDIA noted, Phantom Blade Zero will use Ray Tracing to enhance its reflections and …

dsogaming.com/videotrailer-new…

#gamingNews

It’s True! A toilet was used as an aerial bomb during the Vietnam War

youtube.com/shorts/Etz6JbJwYzM

warhistoryonline.com/vietnam-w…

On November 4, 1965, some Vietnamese came across a very strange object that looked as if it had been dropped from the sky. Was it a bomb? Well, it had tail fins and a nose like a bomb. But it was white, and shaped like – a toilet?

It was a toilet in fact. It had been dropped by a VA-25 A-1 Skyraider on a mission to the Mekong Delta in ...

in reply to HunDriverWidow

South Vietnam. It had come from Dixie Station, an aircraft carrier base in the South China Sea. The plane’s pilot was CDR Clarence ‘Bill’ Stoddard.

As Stoddard approached his target, he began preparations for attack. He read the ordnance (list of weapons the aircraft carried) to Forward Air Control. At the end of the list, he read ‘and one codenamed Operation Sani-flush.’ What was Stoddard talking about?

The i Paper: Putin's secret cyber warfare office ... in the heart of Covent Garden
inews.co.uk/news/putins-secret…

Et si on bloquait le pays à partir du 10 septembre ?
millebabords.org/spip.php?arti…

"Les appels à bloquer le pays à partir du 10 septembre se multiplient contre le budget de Bayrou, contre l'austérité et pour la justice sociale.
Encore un budget de guerre sociale. Encore un gouvernement qui piétine les plus fragiles. Et encore cette même comédie : les syndicats supplient, les partis comptent les voix, les éditos progressistes s'indignent à demi-mot. Mais cette fois,

Palestinian Resistance Carries Out More Attacks in Gaza, Hamas Submits Response to Ceasefire


The Hamas military wing, Al-Qassam Brigades, revealed ambushing a Zionist unit in Al-Zeitoun neighborhood, Gaza city. The IED explosions left a number of the enemy soldiers dead or injured and damaged some of their vehicles.

Al-Quds Brigades, the military wing of the Islamic Jihad Movement, announced downing a reconnaissance drone over Shujaia neighborhood, Gaza city.

Al-Quds Brigades also fired mortar shells at a command site in Al-Zeitoun neighborhood, Gaza city.

In other news, Hamas and other Palestinian Resistance factions have accepted a ceasefire proposal brokered by Egyptian and Qatari mediators.

The high-ranking official said that under the proposal, Zionist forces would withdraw one kilometer from areas in northern and eastern Gaza, though the towns of al-Shujaiyya and Beit Lahia in the north would remain excluded from this withdrawal.

The source further explained that the deal would secure the release of 10 living Zionist captives in return for freeing 140 Palestinian prisoners serving life terms and 60 with sentences exceeding 15 years. It would also see the release of 1,500 Palestinians detained from Gaza.

Moreover, the deal stipulates that for every Zionist captive’s remains returned, the bodies of 10 Palestinians will be released, while also mandating the unconditional release of all incarcerated women and children.

Extensive aid to flow into Gaza once the agreement takes effect


Moreover, the official additionally pointed out that the proposal stipulates modifying redeployment maps in the northern and eastern areas, adding that aid will be sent to the Gaza Strip immediately upon the agreement taking effect, in intensive and coordinated quantities, as per the January 19, 2025 agreement.

The source said that the humanitarian assistance would include fuel, water, and electricity supplies, along with the rehabilitation of hospitals and bakeries, plus heavy equipment for debris clearance.

In detail, the UN and its affiliated agencies, as well as the Red Crescent and international organizations operating in Gaza, would be responsible for receiving and distributing aid.

The senior official added that under the proposal, the Rafah border crossing in southern Gaza would reopen for two-way traffic, consistent with prior agreements.

Egyptian official confirms Hamas acceptance


An Egyptian official source confirmed that Hamas has accepted the ceasefire proposal put forward by Qatar and Egypt, adding that the proposal will include a path toward a comprehensive deal to end the war on Gaza.

Reuters cited the Egyptian official as saying that the deal includes a temporary suspension of all military activity for 60 days, with this period seeing the exchange of Palestinian prisoners and detainees in return for the release of half of the Zionist captives held in Gaza.

abolitionmedia.noblogs.org/?p=…

#alAqsaFlood #gaza #guerrilla #hamas #palestine #pij #resistance #westAsia

Palestinian Resistance Carries Out More Attacks in Gaza, Hamas Submits Response to Ceasefire
abolitionmedia.noblogs.org/209…

"The Hamas military wing, Al-Qassam Brigades, revealed ambushing a Zionist unit in Al-Zeitoun neighborhood, Gaza city. The IED explosions left a number of the enemy soldiers dead or injured and…"

Potentially #UnpopularOpinion: The floppy disk icon should continue to be the universal save icon, even if most people alive today have never seen an actual floppy. The icon itself is the symbol, not the actual object. It's a lot easier to understand (even for new users, IMO) than something abstract, like an arrow pointing to a line (or a chip).

At the very least, I think it's more understandable than any symbolic icon I've seen thus far.

IGN just posted:

Oh Boy, Geoff Keighley Is Teasing Hollow Knight: Silksong for Gamescom Opening Night Live

Uh oh, Geoff Keighley is teasing Hollow Knight: Silksong at Gamescom Opening Night Live. Is it...finally time? Dare we hope?

ign.com/articles/oh-boy-geoff-…

#gamingNews

US Imperialist Military Launches Threatening Deployment Into Caribbean
abolitionmedia.noblogs.org/209…

"The U.S. military is sending a large contingent into the Southern Caribbean Sea after President Donald Trump ordered the Pentagon to launch operations using the pretext that they are fighting…"


US Imperialist Military Launches Threatening Deployment Into Caribbean


The U.S. military is sending a large contingent into the Southern Caribbean Sea after President Donald Trump ordered the Pentagon to launch operations using the pretext that they are fighting drug cartels. The move marks one of the most direct uses of American military power in the region in years, and officials say it is aimed at addressing what they call “threats to U.S. national security.”

The Pentagon has already started deploying forces, though the exact number of troops and ships involved has not been made public. According to The New York Times, Trump quietly signed an order last week authorizing U.S. troops to carry out “anti-cartel missions” in other countries. The specific cartels targeted under this directive have not been disclosed, leaving questions about how wide the operation could reach, and of course, the true intentions behind any such actions.

The United States has designated several cartels and international gangs as foreign terrorist organizations in recent years, most of them based in Mexico. However, sending forces to the Southern Caribbean points to a likely focus on Central and South American countries. Venezuela’s northern coast borders that sea and the US regime recently threatened to attack the socialist government.

The U.S. has also placed a $50 million bounty on Maduro, signaling a new brazen, lawlessness as the US attempts to impose its will into the hemisphere after its power has waned so signficantly.

The imperialism mission is bound to meet resistance but the pressing questions is which country or countries are the initial targets?

abolitionmedia.noblogs.org/?p=…

#aggression #caribbean #latinAmerica #usImperialism


Nando161 reshared this.

There is no Revolution Without Revolutionary Consciousness


Revolution requires more than violence—it demands collective awakening. Haiti’s crisis exposes the danger of hollow slogans masquerading as liberation.

A wind of despair blows relentlessly across the world. This wind of panic is the result of poverty and social inequalities. This has given rise to widespread wars that take various forms depending on the reality. Faced with the ravages of this phenomenon, Haiti is not spared (in fact, it is one of the biggest victims).

Haiti is plunged into insecurity in all its forms: poverty, arms trafficking and trade, organ and drugs trafficking and a lack of transportation, all of which have plunged the country into total financial insecurity. For many, Haiti has never experienced such a chaotic situation in history.

This critical situation is not without consequences for society. It forces the population to adopt a different understanding of life; many essential sectors in the society, including the universities, the media, organizations and political parties, etc, have suffered an unprecedented state of discouragement. These sectors have lost their true mission, which is to support the people by sharing a set of emancipatory values. The proper transmission of these customs and principles can help build hope in this total despair. Without this preventive education and movement, any group has a free field to approach the people and give them bad directions.

This disengagement prompts anyone, including those in the most reactionary group in the country, to chant a series of words that sound as if they carry a series of emancipatory values; but very often, the practices and activities of these people are not in line with these values. Let us take some examples: a criminal gang leader who claims he is “doing social work” or “fighting for the people,” while others even say his group is conducting a Revolution. This creates great confusion because, in the context, the word “revolution” seems to have lost its meaning.

In this confusion, the first clarification that ELAPRE [Space for Revolutionary Struggle and Action] can provide: “Revolutions cannot happen without the voice of the people; they cannot happen by causing terror among the people.” Furthermore, isn’t the purpose of this phenomenon, calling reactionary movements a “revolution,” to pervert and discredit political discourse? Doesn’t the perversion of the mother word of “REVOLUTION” to describe what these armed groups are doing in Haiti set us back in our struggle for change in the lives of the masses? Doesn’t the appropriation and bad adaptation of this concept of “revolution” not scare many credible people away from getting involved in the struggle for social change? How can the concept of “revolution” be reclaimed in the service and interests of the masses?

Faced with the reality of the exploited masses around the world, and in Haiti in particular, there is no need to go through many steps to define what a revolution is. In the tradition of the struggle for the liberation of the exploited masses, the word “revolution” would mean breaking the current model of society to establish a new society that is based on equality and the well-being of all. It would mean that it is not the capitalist system or its agents that can bring about radical change; it must be a popular, militant and organizational initiative. Only then could we say that what is happening in Haiti is on the path of revolution.

If we dig deep into past history, we might be able to trace the line of a true revolution, one that leads to freedom and well-being for all. If the word “revolution” does not translate this reality in its use, it is far from being in the interest of the Haitian people. What is the point of trivializing such an important word like “revolution?”

The ruling class has long made it its mission to demoralize those who are struggling and to trivialize a series of political words that carry a set of values. It has practiced this in different moments in history: it pitted the enslaved against each other to weaken their struggle against slavery; furthermore, during the white American occupation, they labeled the Kako freedom fighters with all sorts of bad words to maintain the occupation forces in the country; under the Duvalier dictatorship, they were called communist militants “Kamoken” in order to eliminate them and prevent them from disrupting this harsh regime.

Today, things are even worse because the ruling elite are not only attacking revolutionary activists but the very idea of “revolution” itself, putting this word into the mouths of many reactionary and destabilizing groups in the country. All this is done in order to distract the people from the true objective of their struggle.

For the sake of history and truth, the country needs a revolution that brings together the projects of the exploited and dominated classes (whether they are workers, peasants, unemployed, or employees of the public or private administration). The objective is to establish a society without power, in the interest of the masses. The objective of this revolutionary movement does not aim to bring mourning and destabilization to the popular masses, but to make them truly live the project of life of freedom and well-being.

A revolution is a sudden change that overthrows a system of domination and exploitation to establish a new system. This change is brought about by the exploited.

“Revolution” is not a vague and meaningless concept; it takes its meaning in the exploration of social realities. Tell me what your society is based on, and I will tell you what revolution means. If society is based on slavery, on the basis of race and skin color, the revolution will be anti-slavery or anti-racist; if capitalism transforms human labor into a cheap commodity to facilitate it exploitation, and makes an accumulation of capital through generating colossal profits, the revolution will be anti-capitalist. For this, it is necessary a vanguard must accompany the people on the path of struggle, helping them to maintain the ideological line and develop their tactics. This requires in-depth reflection on revolutionary principles and their possible applications. This is the role of the organizations in front of the struggle for this transformation.

We cannot allow the crises around the world, and especially in Haiti, to destroy the left like this. Neither can we renounce our left identity, without us making the slightest effort to recover it, rebuild it, and strengthen our alternatives. We must not let the left become too small or too big for us, by entering into collusion with the team that is taking power against the masses. We must take responsibility and assume our identity as revolutionary left-wing activists.

In this sense , ELAPRE calls on all progressive organizations to form a united front to work together to thwart the plans of destruction carried out at the highest levels of Haiti. The response to the current chaotic situation must be concrete; it must not remain just words. Therefore, it is necessary to adopt good strategies and creative tactics to establish parties and mass organizations, and seek to take control of power in order to achieve the objectives of the people, in the construction of another society, and another state.

June 2025
ELAPRE Communication Commission contact- us: elaprepourchangement@gmail.com

abolitionmedia.noblogs.org/?p=…

#caribbean #colonialism #haiti #imperialism #revolution

So MUCH bullshit from The (formerly) Great White North. The public getting kiked by "climate change" in a new, creative fashion:
*Canadian provinces ban hiking, fishing, camping—fines hit $28,000 for violating wildfire restrictions*
thepostmillennial.com/climate-…
"Responding to disbelief that there can be any correlation between hiking and wildfires, Liberal New Brunswick Premier Sue Holt admitted there wasn’t any but warned that it could be dangerous for offenders to spend time in the great outdoors because they wouldn’t get rescued if they broke a leg. Holt said people are asking her how “going for a walk in the woods is going to cause a fire," to which she clarified, "I can understand why people think that that's ridiculous..."
////////
Yes, it's ridiculous and you should be shot, Sue, for even dreaming this shit up.
This entry was edited (1 week ago)

UnCL3 reshared this.

US Imperialist Military Launches Threatening Deployment Into Caribbean


The U.S. military is sending a large contingent into the Southern Caribbean Sea after President Donald Trump ordered the Pentagon to launch operations using the pretext that they are fighting drug cartels. The move marks one of the most direct uses of American military power in the region in years, and officials say it is aimed at addressing what they call “threats to U.S. national security.”

The Pentagon has already started deploying forces, though the exact number of troops and ships involved has not been made public. According to The New York Times, Trump quietly signed an order last week authorizing U.S. troops to carry out “anti-cartel missions” in other countries. The specific cartels targeted under this directive have not been disclosed, leaving questions about how wide the operation could reach, and of course, the true intentions behind any such actions.

The United States has designated several cartels and international gangs as foreign terrorist organizations in recent years, most of them based in Mexico. However, sending forces to the Southern Caribbean points to a likely focus on Central and South American countries. Venezuela’s northern coast borders that sea and the US regime recently threatened to attack the socialist government.

The U.S. has also placed a $50 million bounty on Maduro, signaling a new brazen, lawlessness as the US attempts to impose its will into the hemisphere after its power has waned so signficantly.

The imperialism mission is bound to meet resistance but the pressing questions is which country or countries are the initial targets?

abolitionmedia.noblogs.org/?p=…

#aggression #caribbean #latinAmerica #usImperialism

in reply to Yotivationnation

My ex-father-in-law was alone on the streets of NYC at 12. He lived in a basement with a German Shepard. He started working at 12 yrs old; his sister was put in foster care & he never saw her again. My paternal grandfather was an orphan before he was 10 yrs old in Warsaw, Poland (late 1800's). He was apprenticed to a man aka a slave in return for meager lodging & scant food. Today's cell phone addicts have no idea how difficult life can be at a very young age.

NPA Unit Battles AFP Troopers In 2 Separate Encounters In Oriental Mindoro Province


We have received information that a unit of the New People’s Army engaged attacking troops of the Armed Forces of the Philippines (AFP) twice today in Barangay Lantuyang 2, Baco, Oriental Mindoro Province. The second encounter resulted in three fascist troops killed in action, and three others wounded. The enemy troops are part of the Philippine Army’s much-vaunted Scout Ranger regiment.

The NPA unit, assisted by the masses in the area, was maneuvering to counter-encircle a number of columns of enemy combat troops. Along their route, they chanced upon a unit of tired enemy soldiers. Based on reports from the field, the NPA unit took the initiative to strike in order to break through the enemy’s encirclement. After a brief exchange, the NPA unit disengaged and safely withdrew from the battle site. The NPA unit reported no casualties on their side.

The enemy’s unit leader, 1Lt. John O. Alberto sustained a fatal head shot and died on the spot, according to the AFP’s own reports. Another enemy soldier, a private, was also killed-in-action, while another soldier, a corporal, died on the way to the military hospital. We condole with the families of the enemy soldiers who died in battle.

On orders of Marcos and his fascist officers, these enemy soldiers have been carrying out ruthless offensives against the New People’s Army and against the masses of Mindoro without rest for the past several months. They have placed many parts of the Mindoro island under martial law and have committed grave atrocities and violations of human rights and international humanitarian law. They are carrying out a fascist rampage after declaring that they will end the people’s resistance in Mindoro by the end of the year.

As in many parts of the country, the objective of Marcos is to suppress the people of Mindoro’s armed and non-armed resistance to the entry of mining companies, plantations, energy projects and other foreign-backed or foreign-owned corporations that are aggressively grabbing land and destroying the environment, resulting in grave hardships to the peasant masses, Mangyan communities and people of Mindoro.

The just ire of the broad masses of Mindoro is being roused by the crimes and abuses of Marcos’ fascist troops. More than just a week ago, on August 1, a local peasant activist in San Jose town, in Occidental Mindoro Province , was killed by soldiers of the 4th IB. Last August 7, an NPA fighter, Ka Mutya, who detached from her unit to fetch water from a nearby spring, was captured by troops of the 1st IB, subjected to torture before being killed, in violation of the international rules of war.

In the face of the fascist marauders ordered by Marcos to suppress the people’s resistance, today’s battle at Baco town is an important tactical victory of the people of Mindoro. It will surely inspire the peasant masses and Mangyan people to fight even more vigorously, courageously and militantly.

The Party commends the NPA unit and the local masses of Mindoro for their tactical victory in fighting the enemy’s all-out fascist attacks. Their victory will surely embolden the people in their resistance against their oppressors and exploiters.

The NPA remains focused on recovering strength from past losses and rebuilding the people’s organizations and organs of political power. With the firm unity of the peasant masses and their people’s army, we are certain that the people’s war will win even greater victories in Mindoro and across the country.

Source : philippinerevolution.nu/statem…


abolitionmedia.noblogs.org/?p=…

#asia #guerrilla #ndfp #npa #philippines #resistance

PC Gamer just posted:

Nvidia announces the 'biggest launch in GeForce Now RTX history': RTX 5080 performance, local-style installs, better game streaming quality, and more

The company is aiming to make GeForce Now streaming match local gaming.

pcgamer.com/hardware/graphics-…

#gamingNews

Historic Alaska Summit: Has the Curse of Churchill's 'Unthinkable Operation' Been Lifted? en.reseauinternational.net/som…